EDITORIAL
As relações com Angola não estão a ser protegidas e, pelo contrário, estão a ser fortememte prejudicadas.
Em causa estão centenas de empresas portuguesas e milhares de trabalhadores nacionais que neste país irmão lutam pela vida.
Nem mesmo a mudança de Presidente em Angola, com a chegada democrática (até reconhecida pela UNITA), do General João Lourenço que está a dar passos fortes no sentido da democratização do país e combate à corrupção, levaram o Ministério Público português a ser sensível a tão grave problema.
Angola quer julgar ela própria o seu ex – Presidente, Eng. Manuel Vicente.
Angola, membro da CPLP tem esse direito, aliás previsto nos Estatutos desta organização a que todos os países de língua portuguesa pertencem.
Os processos podem legalmente ser transferidos.
Que quer o Ministério Público português (detentor e bem de independência face ao poder político)? Destruir uma relação histórica profunda? ver Portugal ser substituiído nas relações económicas com Angola, por países já ávidos dessa possibilidade?
Quer, sem dúvida e não tem em conta o enorme drama que está a criar.
O governo de Portugal, face a esta independência está impossibilitado de resolver o problema.
Que esperam o PS e PSD, pelo menos, para na Assembleia da República alterarem pelo menos em parte esta independência do poder judicial, em nome dos interesses superiores do paìs?

Director
Paulino Fernandes
Director