O Eurogrupo alterou subitamente o caminho que se vinha desenvolvendo a “caminho” de um acordo decente e, a meio da reunião, resolveu encostar a Grécia às cordas.
Schauble, habituado a mandar e a decidir, foi surpreendido. A Grécia não encostou às cordas e a reunião terminou abruptamente.
O jogo, além de alto é perigoso.
A Grécia com a Dracma (a sua antiga moeda) desvaloriza entre 5o e 60%, torna-se um país atraente para o turismo, perde a possibilidade de importar devido à desvalorização. Mas, se os gregos conseguirem reorganizar o país, em breve poderão ter uma vida melhor.
E a Alemanha num cenário de rebentamento do EURO? Volta o Marco, super valorizado entre 50 e 60%. Como vai exportar?
Era bom o Senhor Schauble falar com os empresários alemães.
Ainda há outro problema, esse de geo-estratégia.
A Grécia é apetecível para a Rússia, para a China e, na verdade os EUA não permitirão essa aproximação, já em curso e poderão investir fortemente em Atenas.
Tudo em aberto e, seguramente, Schauble voltará mais macio à mesa das reuniões na próxima sexta-feira.

Schauble e Varoufakis
PF