EDITORIAL
Eleições Europeias…
Com mais de 60% de abstenção, onde fica a representatividade? Depois a legitimidade?
São questões a considerar seriamente.
Os portugueses não querem viver em Democracia? Ou simplesmente a generalidade dos Partidos afastou os portugueses da política. São questões perigosas, preocupantes que urge ponderar.
Pessoalmente, acredito na política, na indispensabilidade dos Partidos. Mas…
Um Partido que vence com 37% dos 40% de votantes, o que vale? Representa o quê? Não é o regime que está em causa?
Eleições atípicas…
Reforçando as notas anteriores, o que se verificou e comprova o afastamento dos portugueses foi o facto da generalidade das candidaturas omitirem a Europa, o que importa na Europa. O PCP e o BE lutaram contra o PS como habitualmente. Para o PCP, tudo bem, deve manter-se no mesmo patamar, talvez até subir um pouco. O resultado serve-lhe…quanto pior melhor. O BE, praticamente desaparece. Cede votos ao LIVRE, ao PCP, a outros que dispersam votos. O LIVRE lutou com o BE e teve assim alguns votos incipientes apenas úteis à coligação PSD/CDS.. O PS lutou para não perder o líder actual e, com tantos adversários, até vai ter um resultado positivo.
A coligação PSD/CDS lutou para perder por poucos…
O resultado não podia ser positivo.
O MPT, provavelmente o único vencedor, elege Marinho e Pinto (?).
É de monta, não por Marinho e Pinto que tem notoriedade e capacidade de afirmação, mas, comprovando o anteriormente dito, os Portugueses procuram líderes capacitados, com pensamento livre, descomprometidos com lobbys.
Primárias das Legislativas
É a principal nota.
Quem vai ser o próximo Primeiro-Ministro? A liderar que Governo? De um Partido ou de uma coligação alargada?
O Presidente da República demite o Governo?
Que pensarão os “vários” PSD’s existentes de tão poucos votos apesar da coligação com o CDS?
Esta a incógnita, sendo certo que o panorama político vai alterar-se em breve.

Paulino B. Fernandes
Director